segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O retorno das sacolas plásticas 3

Dá para fazer um stencil de duas camadas:


O retorno das sacolas plásticas 2

Saiu na Gazeta do Povo, em 04/11/2010, uma matéria (talvez matéria não seja a melhor palavra para o jornalismo-twitter; um informe, então) falando do projeto de lei que impede os estabelecimentos comerciais de distribuir gratuitamente sacolas plásticas em Curitiba.

Muito bom se for aprovado. Podia até cobrar mais caro.

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Uma outra matéria (de verdade), do dia 02/06/2010, com o título Um mal desnecessário, dá mais informações sobre o que acontece em Curitiba.

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E mais, sobre o ponto de vista do comerciante.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O retorno das sacolas plásticas

Não trago sacolas para casa já deve fazer um ano. Sempre coloco no bolso umas duas antes de ir ao supermercado (e cuidando um pouquinho, elas duram muito). Só que, mesmo assim, a gaveta destinada a guardá-las está explodindo de tanta sacola! Cada vez que recebo uma visita, vem junto 5 sacolas pelo menos. E não adianta falar para levar de casa: o hábito, a preguiça, o descaso ou o que se queira, impede a pessoa de sair dessa inércia.

Depois de muito matutar sobre o assunto, cheguei à seguinte idéia: devolveria as sacolas "descartáveis" ao supermercado fornecedor. Bolei uma carta em conjunto com uns amigos e, junto com uma sacola plástica, coloquei num envelope feito de folhas de rascunho. O destino seria a caixinha de sugestões/reclamações.

A idéia se expandiu para outras embalagens de produtos como macarrão, pão de forma, etc. Já utilizo essas embalagens para acondicionar o lixo da cozinha, evitando as sacolas plasticas. Porém, TUDO tem embalagem e a bolsa das embalagens para lixo também não suporta mais (isso aconteceu em dois meses!). Nesse caso, esperaria juntar várias para enviar de uma vez, já que tem que pagar o correio.

Segue o modelo da carta:

Sr. Gerente,

É responsabilidade do estabelecimento comercial o fornecimento de sacolas plásticas para embalar as compras dos clientes. Este tipo de serviço se mostra totalmente insustentável, gerando uma grande quantidade de lixo, que não é resolvido, mesmo com iniciativas como o incentivo ao uso de bolsas retornáveis. Como o senhor deve notar, o cliente sempre segue o caminho mais fácil.

Percebemos que este supermercado se preocupa com a questão levantada aqui, pois estimula através de seu sistema interno de som e de descontos o uso das bolsas retornáveis, o que, no entanto, não parece suficiente para sanar o problema.

Apenas para citar um exemplo, na cidade de Xanxerê (SC), através da mobilização de empresários, governo e comunidade, baniu-se a distribuição gratuita de sacolas plásticas. Esta ação reduziu, em um ano, o consumo de sacolas em 85%. Várias cidades da região já adotaram esta medida.

Assim, tendo observado as diversas soluções disponíveis, entendemos que o estabelecimento comercial deve agir contundentemente sobre o problema, abolindo esse fornecimento inocente de lixo em forma sacolas. Mesmo que no curtíssimo prazo isso desagrade o cliente, a exemplo do oeste catarinense, a mudança de consciência do consumidor acaba se tornando um orgulho ecológico.

Clientes do Supermercado

P.S.: Coletamos esta sacola de um cliente que acha normal o supermercado fornecê-la e que não se importa com seu destino. Estamos, assim, devolvendo-a ao responsável pela sua distribuição.